Quem sou eu

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Goiânia, Goiás, Brazil
Meu nome é Cristiano, uma das minhas principais formas de prazeres é uma boa discussão, é claro uma discussão amigável. Tenho muitas excentricidades, muitas vezes acabo sendo chato por elas, megalomaníaco, anormal, tenho alguns traços do que a psiquiatria relata por anti-social, crítico. Odeio que tentem me fazer ter comportamento análogo de outros. Apesar de tudo de vez em quando eu tenho que me encaixar no que chamam de sociedade. Acho bem complexo relatar quem sou eu, os relatos que posso fazer é apenas sobre o que tenho. Minhas qualidades, meus defeitos. Coisas que qualquer pessoa tem. Para saber o que sou é necessário me conhecer melhor, é bem complexo. As qualidades e defeitos em geral são estereotipados daí não acho necessário o meu relato. O mais importante, a saber, é que sou anormal.

domingo, 15 de junho de 2008

The Devil, Von Feind, du mal, O mal

Tema muito polêmico, mas que de tanto busca-lo e explora-lo cheguei à conclusão que o bem e o mal estão dentro da cabeça do ser humano. Apenas isso, nós o inventamos para nós como bem entendemos e assim o mundo continua.

Mas veja que a maldade esta ligada principalmente aos costumes de uma sociedade, na verdade tudo esta ligado ao costume.

Para provar vou dar um exemplo:

“Por que temos o costume de acordar matinalmente e dormir ao anoitecer?” A resposta é muito simples, porque todos fazem isso, então fazemos o que os outro fazem, se não fizermos assim então seremos considerados loucos.

Então a maldade esta na mente das pessoas aos quais foi formado pela maioria, isso em teoria, na verdade o que há é um grupo seleto em que toma as decisões pelos outros, esse seria o principal problema do anarquismo, sempre há alguém controlando alguém. Se não fosse assim, não haveria costumes. Daí entramos na questão do niilismo, em que cada um agiria da forma como pensasse melhor.

Voltando à maldade ela esta dentro de nós talvez ela mesma seja o nosso destino, ao qual não sabemos o que é maldade para nosso vizinho. Sabem eu sou um cara muito mal para muito gente, só por freqüentar cemitérios, mas acho meu vizinho que assassinou a mulher e que agora esta na igreja mais mal do que eu, não é isso o que as pessoas da igreja dele acham.

"Sempre tolice e erro, culpa e mesquinhez / trabalham nosso corpo e ocupam nosso ser." (Charles Baudelaire)

Baudelaire é um dos que tem a crença que o ser o humano é mal por natureza. É qualidade dele. Vejam o verso acima em que Baudelaire faz referencia a alma humana, do poema “ao leitor”.

É uma triste condição humana ao qual se tem que suportar. Em verdade são simples animais disputando a carniça.

É interessante esse aspecto romântico, característico de Baudelaire, a subjetividade, ao qual ele não se mantém imparcial.

À alma humana é simplesmente terrível. Talvez fossemos nós mesmos que fizéssemos isso conosco, talvez fosse o triste momento em que nos tornamos animais racionais, sem sentido. Foi naquele momento em que nos destruímos.

Agora resta-nos seguir e assim ir descobrindo as flores que o mal produz. E aproveitar os raros e bons momentos que surgirem, nem que eles sejam apenas um bom vinho, ou uma noite no cemitério, ou talvez mesmo o ato de não fazer nada apenas refletir.

Live fast and die fast too

Minha vida esta uma correria ultimamente, tudo bem, como disse Oswaldo de Andrade uma vez: "Quanto menos tempo tenho mais coisas eu faço", no entanto percebo que tenho deixado de curtir pequenas coisas, como: uma boa música, aquelas belas boas risadas, praticamente não tenho mais nenhum momento alegre, nem com quem contar nesses comuns momentos tristes, nem para escrever estou tendo tempo mais.

Tudo bem que talvez esse seja o caminho para a vitória, ou seja, ficar rico e aquelas coisas que "todos" sonham, mas porque eu quero isso? É estranho, o que há é uma espécie de briga interior, de um lado alguém diz: “se divirta e faça o que achar melhor”, do outro alguém diz: “Não faça o que achar melhor, mas apenas o que tem dever de fazer”.

É estranho isso, os únicos a quem recorro são então meus livros, minha música, no geral, minha cultura. E é claro como não pode faltar na vida de ninguém o bom e velho vinho (isso me lembra Baudelaire, rsrs), e sem contar sair de vez em quando para relaxar, mas isso não é tudo.

Viva rápido e morra rápido também, é essa a realidade, tenho que viver mais, não sou uma máquina não sou mecânico, é muito complicado para mim encontrar alguém que ira dizer o que eu quero ouvir, as pessoas não entendem, ninguém entende ninguém na verdade, ninguém nem se entende para ser mais realista.

O último gole

Sinto que ainda tenho sangue,

Não conseguem ver, ainda tenho aquelas lágrimas

Que mortas agora por você estão guardadas dentro de mim,

Minha tumba de solidão respira em lágrimas,

Minha sorte entregue ao destino faz sofrer, faz amar.

A bolha que nos persegue, a bolha em que vivemos,

Vai explodir, e vou me converter e me humanizar,

Na verdade vou ser o que sempre fui,

Um morto brincando à vida.


Les Fleurs du mal de Baudelaire (mais um Martin Claret)

Excelente obra de Baudelaire, custou-me muito lê-la devido principalmente o curto tempo que tive e também por ser uma obra que exige do leitor reflexão continua sobre os temas abordados, garanto que me esforcei, mas nessa obra sou obrigado a admitir que cometi ao que chamo de sacrilégio literário, que trata de quando se deixa de ler uma parte de uma obra, pois busquei aos poemas que achei mais interessantes e aos que acreditei que mais me revelariam sobre o autor.

Posso dizer que é uma obra terrível que amei, o autor ao qual lançou as bases do realismo apresenta poemas até satânicos, pagãos, na verdade acredito mais que se trata de uma ideologia mais anti-cristã que nesse período começou a ser bastante divulgada ao mundo todo (tive até notícias que o Marilyn Manson fizera um evento com esse nome: Les Fleurs du mal, acredito que não foi por acaso, rsrs).

Para que eu consegui-se ler essa obra em alguns horários que considero vagos que é quando se esta esperando o ônibus e se está dentro dele, aos quais em geral tenho mais de três horas e meia perdidas por dia só para isso, tive que usar um tampão de ouvido que uso no Lab. Óptico.

O poeta e crítico francês Baudelaire influenciou a poesia internacional de tendência simbolista. De sua maneira de ser, originando-se na frança os poetas "malditos". Além de celeuma judicial, o livro despertou hostilidades na imprensa e foi julgado, na época, imoral, fora dos costumes, obrigaram até o autor a retirar partes da obra. Leitura obrigatória!!!!!!!

De sua obra derivaram os procedimentos anticonvencionais de Rimbaud e Lautréamont, a musicalidade de Verlaine, o intelectualismo de Mallarmé, a ironia coloquial de Corbière e Laforgue.

Mal compreendida por seus contemporâneos, apesar de elogiada por Victor Hugo, Teóphile Gautier, Gustave Flaubert e Théodore de Banville, a poesia de Baudelaire está marcada pela contradição. Revela, de um lado, o herdeiro do romantismo negro de Edgar Allan Poe e Gérard de Nerval, e de outro o poeta crítico que se opôs aos excessos sentimentais e retóricos do romantismo francês.

Depois dessa enrolada vamos a obra...Resolvi colocar vários poemas de Baudelaire.

A Beleza (Charles Baudelaire)

Eu sou bela, ó mortais! como um sonho de pedra,

E meu seio, onde todos vem buscar a dor,

É feito para ao poeta inspirar esse amor

Mudo e eterno que no ermo da matéria medra.

No azul, qual uma esfinge, eu reino indecifrada;

Conjugo o alvor do cisne a um coração de neve;

Odeio o movimento e a linha que o descreve,

E nunca choro nem jamais sorrio a nada.

Os poetas, diante do meu gesto de eloquência,

Aos das estatuas mais altivas semelhantes,

Terminarão seus dias sob o pó da ciência;

Pois que disponho, para tais dóceis amantes,

De um puro espelho que idealiza a realidade.

O olhar, meu largo olhar de eterna claridade!

Observe que o eu-lírico é feminino e já de início é comentado: "É feito para ao poeta inspirar esse amor / Mudo e eterno que no ermo da matéria medra." é provável que o autor tenha se baseado em alguém que gostava, mas que não tivera sucesso: "coração de neve", ao qual o eu - lírico então seria esse alguém e o poeta aquele que ama o eu - lírico. Veja que o eu - lírico se auto-elogia e a forma com a qual ele trata os ditos poetas.

É perceptível várias características românticas, como: a idealização do amor, a desilusão e até a frustração interiorizada, sendo perceptível até elementos pessoais. Mas observe a construção do poema, ela já é bem mais metódica.

As Litânias de Satã (Charles Baudelaire)

Ó tu, o Anjo mais belo e também o mais culto,

Deus que a sorte traiu e privou do seu culto,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Ó Príncipe do exílio a quem alguém fez mal,

E que, vencido, sempre te ergues mais brutal,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que vês tudo, ó rei das coisas subterrâneas,

Charlatão familiar das humanas insânias,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que, mesmo ao leproso, ao paria infame, ao réu

Ensinas pelo amor às delícias do Céu,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que da morte, tua velha e forte amante,

Engendraste a Esperança, - a louca fascinante!

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que dás ao proscrito esse alto e calmo olhar

Que faz ao pé da forca o povo desvairar,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que sabes onde é que em terras invejosas

O Deus ciumento esconde as pedras preciosas.

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu cuja larga mão oculta os precipícios,

Ao sonâmbulo a errar na orla dos edifícios,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que, magicamente, abrandas como mel

Os velhos ossos do ébrio moído num tropel,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu, que ao homem que é fraco e sofre deste o alvitre

De poder misturar ao enxofre o salitre,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que pões tua marca, ó cúmplice sutil,

Sobre a fronte do Creso implacável e vil,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que, abrindo a alma e o olhar das raparigas a ambos

Dás o culto da chaga e o amor pelos molambos,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Do exilado bordão, lanterna do inventor,

Confessor do enforcado e do conspirador,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria !

Pai adotivo que és dos que, furioso, o Mestre

O deus Padre, expulsou do paraíso terrestre

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria !

Oração

Glória e louvor a ti, Satã, nas amplidões

Do céu, em que reinaste, e nas escuridões

Do inferno, em que, vencido, sonhas com prudência!

Deixa que eu, junto a ti sob a Árvore da Ciência,

Repouse, na hora em que, sobre a fronte, hás de ver

Seus ramos como um Templo novo se estender!

Inicia com um tipo de ladainha dedicado a Satã, e finalizado com uma oração também da mesma forma, é interessante que o autor conta a história do Anjo de luz que se transforma em Mefisto. Então ele acaba também fazendo críticas, como na parte em que comenta sobra a Arvore da Ciência, ao qual acredita-se que aquele que comer dela poderia chegar a ser um tipo de deus.

Fico apenas a imaginar o quanto Baudelaire sofrera na época por essa obra, eu no século XXI tenho que agüentar alguns crentes chatos, fico imaginando Baudelaire. Mas é interessante comentar que a obra integralmente só foi publicada no ano de 1911, muito depois da morte do autor, mas que ainda hoje em muitos lugares causa grande repercussão.

O mais complicado para mim ao tentar entender a obra foi intertextualizá-la para a época naquele país, pois não podemos simplesmente ler friamente uma obra, afinal ela não é algo isolado da humanidade, ela faz parte da humanidade e o autor não deve ser desconsiderado nesse âmbito.

Na verdade acredito que para mim foi mais fácil decifrar as idéias do autor em cada poema, pois os muitos dos costumes de Baudelaire são meus também (a vida de Baudelaire sempre esteve associada a noite, a boemia e paixões alucinantes, aos quais o poeta procurou expressar os máximos dos prazeres da vida humana entre um e outro copo de vinho, tudo isso lembra-me a mim mesmo, determinados comentários, os prováveis hábitos de freqüentar cemitérios e coisas parecidas).

Baudelaire procurou expressar a inquietude, o mal o degredo e as paixões da alma humana. A aquele que ler "As Flores do Mal", garanto por mim mesmo que não tera arrependimentos, mesmo a aqueles que não cultuam hábitos como o meu, se acharam em algum poema.

Indico um site para quem tiver quiser ver algo mais, que terá muita coisa para aprender de novo lá, principalmente sobre a alma humana, tão explorada por Baudelaire, ele tem muitos, e muitos poemas, e garanto que nem todos são satanistas, srsr.

Em nome da segurança nacional

O militarismo é nojento. Sabem estive comparando o que é dito no Colégio onde estudo (a merda do CPMG), com o que fora dito na ditadura militar. Vejam:

Ditadura militar - "Brasil ame-o, ou deixe-o"

CPMG - "Sigam todas as regras, ou procurem outra escola"

No geral é dito a mesma coisa, mas de modo diferente. Ao passar de cada dia mais me revolto com o militarismo, estou planejando fazer o que nos dizem na escola todo o dia: concordem com tudo, ou saiam daqui. Mas as vezes penso em me tornar uma espécie de Carlos Prestes, Antônio de Siqueira Campos, Eduardo Gomes, Gregório Bezerra não me refiro a lançar o comunismo no colégio mas a revolução. Na verdade se pensarmos bem o comunismo, alias o socialismo nunca foi bem sucedido devido a participação militar. Basta lembrar de Stalin, ou mesmo perder um pouco de tempo assistindo alguns capítulos de: China X Monges.

O militarismo foi o maior erro da humanidade e a tempos pagamos por isso.

Cheguei a ponto de acreditar que o militarismo deve ser extinto, veja que não precisamos dele. Na verdade a representação da segurança poderia ser feita apenas pela policia Civil e policia federal, não há necessidade de existência do militarismo ligado diretamente com o cidadão de bem. O militarismo devia ficar restrito a proteção do território (medida de precaução) e resolução de impasses que ocorrem principalmente em áreas remotas. Sendo que fosse aumentado o efetivo da policia civil que ao invés de atuar apenas em investigação e prisão de traficantes atuasse em outros âmbitos básicos.

Insisto em dizer que militarismo é ridículo, vejam os ditos costumes: levantar a mão para o pano de limpar a bunda de "boa" gente e aquela coisa toda que eu digo de vez em quando.

Mas por enquanto ainda tenho que agüentar aquilo, veja que é principalmente a defasam da estrutura de ensino. Pois não participo da classe média rica do Brasil ainda, então não tenho lá muitas condições de me lançar em um super-colégio, tendo que ralar bastante para simplesmente me manter, portanto ainda tenho que agüentar aquilo, isso se eu não quiser ir estudar em uma espécie de teatro: "Eu finjo que aprendo e você finge que ensina, e assim chegamos naquele lugar nenhum".

Alguns dizem que a solução para o militarismo seria a reformulação do sistema militar, isso com certeza seria interessante, mas se fossemos pensar na quantidade de mudanças que seriam necessárias para torná-lo aceitável e o quanto os velhos cabeças duras se oporiam e desgaste, chegaríamos que o melhor é destituí-lo da responsabilidade de lidar diretamente com pessoas de bem, e passar a lidar com pessoas como eles, ou seja, animais.

Ah!!! O titulo é só para lembrar, não sei justificar o porquê dele, afinal como eu ninguém lembra de passado algum.

Valentine is day

(My teacher of English is illiterate in language English, she tell about is Valentine's Day is write Valentime day, I don't believe in this)

Não é novidade para ninguém que o dia dos namorados foi comemorado na quinta-feira, mas ocorreu uma super-novidade para mim, eu passei o dia dos namorados sabendo que tinha uma namorada, melhor pseudo-namorada, explico isso daqui a pouco, mas apenas fiquei sabendo, porque ela passara mal naquele dia inteiro e nem a encontrei.

Mas enfim, ao menos pude dizer o que disse...

AH! o negócio de pseudo-namorada é que eu havia começado o dito namoro ao dia anterior ao dia dos namorados, então não considero um namoro real ainda, apesar que trocamos presentes. Na verdade gostei, ela tem algo de especial. Ela parece não ser como essas quaisquer, a única coisa que me deixa um pouco atordoado é o fato de eu ter prometido a mim mesmo que não namoraria ninguém a não ser que fosse com uma gótica, no entanto nessas horas a gente sempre acaba descobrindo que não comandamos a nós mesmos e que simplesmente acontece.

Estou mais atordoado pelo fato de haver uma menina gostando de mim e que quer me encontrar, estou até um pouco preocupado. Essa menina (que ao acaso conheci no vaca brava) devido a algum tipo de preconceito ou não sei o quê chegou a usar entorpecentes e fazer coisas que tenho certeza que não faria por si para impressionar-me, então não tenho a menor idéia de como agir com ela.

Minha namorada é totalmente o inverso disso, no entanto ela diz querer visitar o parque vaca brava junto comigo, isso chega a ser um problema para mim, pois fico imaginando como seria, em verdade é perigoso demais ficar imaginando isso, seria terrível, mas tudo bem, estou preparado para enfrentar.

Namorar é ótimo, no entanto para mim sempre se tornou um sonho misturado com pesadelo. Espero apenas que esse atual seja apenas um sonho, nem que seja triste.