Live fast and die fast too
Minha vida esta uma correria ultimamente, tudo bem, como disse Oswaldo de Andrade uma vez: "Quanto menos tempo tenho mais coisas eu faço", no entanto percebo que tenho deixado de curtir pequenas coisas, como: uma boa música, aquelas belas boas risadas, praticamente não tenho mais nenhum momento alegre, nem com quem contar nesses comuns momentos tristes, nem para escrever estou tendo tempo mais.
Tudo bem que talvez esse seja o caminho para a vitória, ou seja, ficar rico e aquelas coisas que "todos" sonham, mas porque eu quero isso? É estranho, o que há é uma espécie de briga interior, de um lado alguém diz: “se divirta e faça o que achar melhor”, do outro alguém diz: “Não faça o que achar melhor, mas apenas o que tem dever de fazer”.
É estranho isso, os únicos a quem recorro são então meus livros, minha música, no geral, minha cultura. E é claro como não pode faltar na vida de ninguém o bom e velho vinho (isso me lembra Baudelaire, rsrs), e sem contar sair de vez em quando para relaxar, mas isso não é tudo.
Viva rápido e morra rápido também, é essa a realidade, tenho que viver mais, não sou uma máquina não sou mecânico, é muito complicado para mim encontrar alguém que ira dizer o que eu quero ouvir, as pessoas não entendem, ninguém entende ninguém na verdade, ninguém nem se entende para ser mais realista.
O último gole
Sinto que ainda tenho sangue,
Não conseguem ver, ainda tenho aquelas lágrimas
Que mortas agora por você estão guardadas dentro de mim,
Minha tumba de solidão respira em lágrimas,
Minha sorte entregue ao destino faz sofrer, faz amar.
A bolha que nos persegue, a bolha em que vivemos,
Vai explodir, e vou me converter e me humanizar,
Na verdade vou ser o que sempre fui,
Um morto brincando à vida.
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