Quem sou eu

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Goiânia, Goiás, Brazil
Meu nome é Cristiano, uma das minhas principais formas de prazeres é uma boa discussão, é claro uma discussão amigável. Tenho muitas excentricidades, muitas vezes acabo sendo chato por elas, megalomaníaco, anormal, tenho alguns traços do que a psiquiatria relata por anti-social, crítico. Odeio que tentem me fazer ter comportamento análogo de outros. Apesar de tudo de vez em quando eu tenho que me encaixar no que chamam de sociedade. Acho bem complexo relatar quem sou eu, os relatos que posso fazer é apenas sobre o que tenho. Minhas qualidades, meus defeitos. Coisas que qualquer pessoa tem. Para saber o que sou é necessário me conhecer melhor, é bem complexo. As qualidades e defeitos em geral são estereotipados daí não acho necessário o meu relato. O mais importante, a saber, é que sou anormal.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Hoje resolvi escrever sobre um livro que li, não pude tratar de todos os temas que quis por falta de tempo, e paciência, é estou sem tempo, é que não tenho Internet e dependo de Lans Houses, e aqui tempo realmente é dinheiro. Mas o que pude colocar aqui esta, aos doidos que lerem o que eu digo, tire suas conclusões, e se tiverem qualquer dúvida ou qualquer coisa a propor agradeço.


São Bernardo, de Graciliano Ramos.
Elementos:
São Bernardo, o titulo da obra trata do nome da fazenda do personagem principal, Paulo Honório.
Personagens principais, Paulo Honório – que narra a história que no caso trataria de sua vida, ele é dono da fazenda São Bernardo, é um exigente, trabalhador, às vezes inconveniente, bruto –, Madalena – é esposa de Paulo, professora, sensível, tem concepções libertárias, intelectual.
Personagens subalternos, estes personagens são os que trabalham para Paulo Honório, e alguns poucos amigos, além da tia de Madalena, D.Glória. Estes personagens não têm participação incisa na história, em relação à intenção provocada pelo narrador. Então não há necessidade de citar a participação de cada um na história, já que isto se torna desnecessário ao entendimento.
Enredo - é a história de um fazendeiro, ela é narrada na primeira pessoa, o personagem conta sobre sua vida, esse personagem diz ter escrito este livro. Paulo Honório havia trabalhado muito para conseguir comprar uma fazenda e ganhar muito dinheiro, ele é muito bruto, não sabe tratar as pessoas bem, além de ser muitíssimo materialista. Um dia decide se casar e conhece Madalena que se torna sua esposa, ela que tem atitudes mais humanas, começa a propor idéias libertarias aos trabalhadores, o que cria varias desavenças entre ela e Paulo, sem contar às ajudas que dava aos necessitados. Dois anos se passam com desavenças, os dois têm um filho. Paulo então começa a ter ciúme doentio de como Madalena trata os trabalhadores e as pessoas, e sobre o que ela fala com eles, pressionando-a. Um dia encontra uma carta escrita por ela e vai tirar-lha satisfações, conversão, mas Madalena não revela muitos detalhes. Então acaba se matando e Paulo descobre que o pedaço da carta que encontrou era uma parte da despedida que havia feito antes da morte. Dois anos então se passam, e Paulo acaba ficando sozinho, os negócios começam a ir mal. Paulo se despede, comentando o quanto fora inútil toda a sua vida, empenhada no lucro, quando a história acaba Paulo já esta com mais de cinqüenta anos.
Envolvimento de História e Autor, ao mesmo tempo em que Graciliano faz uma critica ao fazendeiro, ele valoriza a vida agreste, comentando sobre suas belezas, característico dele que tem grande paixão por assuntos campestres. A história de vida de Graciliano mostra que ele teve ideologia libertaria, o que é defendido e proposto em varias partes da obra. O autor e o personagem principal não devem ser confundidos, por vários motivos ideológicos, no entanto, em muitas partes características do personagem principal há alguns traços do próprio Graciliano, como na valorização da vida no campo, de certas idéias defendidas por Paulo, personagem principal.
Temáticas da obra - a vida campestre, socialismo, materialismo, humanismo, a literatura em si.
Conclusão, excelentíssima obra, traz-nos temáticas muito atuais, apesar da data pelo qual foi escrita. Além de muitas discussões propostas o que nos leva a reflexão.


Eu gostei da obra, apesar de que nem todas as temáticas têm a ver comigo. Por exemplo, eu não gosto muito de campo, prefiro mil vezes a vida na cidade, apesar de nunca ter experimentado a vida campestre.
Outra coisa que não tem a ver comigo apesar de eu haver gostado, falasse, por exemplo, que não há verdadeiro católico, que às vezes eles nem conhecem a doutrina, são por ser.
Entendi o sentido que o autor quis tratar disto. Mas eu levo pelo sentido de que as pessoas simplesmente acabam sendo por serem criadas daquele modo. Não sei se o autor tem algum aspecto ateísta, mas ele faz muitas criticas quanto a esse sentido. Outra parte como exemplo é a de que Paulo acha feio mulher que não é religiosa, apesar de Paulo também não o ser. O que me leva a criar certa dúvida se este autor é ateísta é que ele parece valorizar bastante os aspectos religiosos, como a tia de Madalena, que poderia ser considerada uma personagem “boa”, por ajudar na igreja na limpeza dos elementos sacros.
Em âmbito político gostei das questões propostas em relação ao sistema libertário, sobre e sobre o comunismo, apesar de o autor não ter prolongado muito as discussões relacionadas à política.
Mas o que mais me chamou a atenção foi quanto ao destaque do quanto o materialismo é descartável. E o quanto se deve ser mais humanos, valorizando mais as pessoas e o conhecimento que as coisas materiais, que no fim servirão de nada. E não apenas maquinas ou como o autor diz no final “bichos”.
Só o que não gostei foi que o autor não falou muito dos outros personagens, como não dar-se para saber o que houve com o filho que teve com Madalena, nem quanto as características e a vida dos outros personagens subalternos, talvez isso tenha sido feito de propósito para mostrar o quanto o personagem principal que narra a própria vida deixou passar as pessoas que viveram com ele, não dando atenção a ninguém. De qualquer modo isso foi um erro ao mesmo tempo em que um acerto do autor, pois não nos deixa saber muito sobre os outros personagens deixando-nos claro o quanto Paulo não dava atenção aos outros conhecidos, apenas a si mesmo.

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